quarta-feira, 12 de junho de 2013

Atormentado

CorvusSinto um vazio a crescer dentro de mim,
Um sofrimento que não aparenta ter fim!
Somos nos que criamos o nosso inferno,
Mas eu pergunto, o que eu fiz?
Sinto que nunca vou conseguir ser feliz
Demónios invadem-me o corpo
Estou possuído
Sou atormentado com histórias que tenho vivido
E com memórias que me levam à loucura
Afasto-me de ti
Mas é de ti que ando à procura
Eu só queria ser importante para alguém
Mas sinto que não passo dum Zé-ninguém
Sou a sombra que todos têm
Mas ninguém vê
Sou o aviso que todos querem
Mas ninguém lê
Sou a resposta eu todos procuram
Mas ninguém crê
Sinto-me preso num mundo que não me compreende
Em minhas veias circula um fogo ardente
Que inflama todo o meu corpo
Sinto o meu corpo acorrentado; morto
Sinto-me cansado
Procuro mas não encontro
No entanto, para a batalha estou pronto
Pois a vida é mesmo assim
Só me questiono,

Se eu desaparecesse, alguém lembrar-se-ia de mim?

2 comentários:

  1. De facto é um poema muito emocional, muito giro...mas espero bem que não seja como te sentes na realidade porque sabes perfeitamente quais são as respostas a essas perguntas e ao poema em geral, pelo menos da minha parte sabes.
    Contudo, escreves muito bem e espero que o continues. :-)

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    1. Infelizmente, ou não, eu escrevo o que sinto...

      Mas obrigado, sim espero continuar :)

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